domingo, 28 de agosto de 2011

Post tedioso sobre o tédio

"Fale sobre o que está acontecendo", é meu novo lema. É o que está acontecendo é o tédio. Tédio, tédio, tédio. A minha vida é muito parada, como já comentei (não sei se aqui, mas já comentei). Não saio para nada que não seja a faculdade e minha vida em casa se resume a tudo o que eu possa fazer no meu computador: ver filmes e séries, escrever, ler notícias, conversar, twittar. Vivo assim há anos e sempre há estes momentos em que entro em crise por causa da mesmice, então sei que vai passar. A mudança virá e sei quando. Esse meu tédio durando anos é uma das consequências do meu plano de vida e no momento, só quero reclamar dele. Maldito!

Hoje já acordei entediada (e ontem fui dormir do mesmo jeito) e depois de ouvir um péssimo episódio de um podcast do qual já gostei mais, fui assistir a 30 Rock. Conhecem esta série? Me faz rir tanto! É uma comédia louca sobre o cotidiano de um pessoal que trabalha na NBC. Os principais são a Liz Lemon (Tina Fey) e o Jack Donaghy (Alec Baldwin). Me apaixonei pela Fey e pelo Baldwin graças ao seriado, mas eu já sabia que a Tina era boa. A surpresa foi o Alec, de quem eu só sabia que era lindo e magro há anos. Minha mãe sempre olha para ele em 30 Rock e fala "Mas ele engordou tanto, era tão bonito!", ao que respondo "É?". O mesmo diálogo se dá há pelo menos uns dois anos.

Considerando o volume de coisas que tenho para estudar, não deveria estar vagando pela casa com essa carinha de quem não tem mais o que fazer. Tivemos uma semana de palestras sobre Psicologia lá na faculdade e eu deveria ter usado este tempo livre para estudar, mas...ah, é bobagem, mas faz sentido para mim. Minha tia e minha prima estavam passando umas semanas aqui em casa enquanto o apartamento delas estava em reforma e não consigo estudar com gente em casa. Tento, mas é muito difícil. Gosto de estar estudando deitada na sala, aí enjoo e vou para a mesa, canso e venho para o computador, a internet me enche e vou estudar sentada na cama, desisto da cama e sento à mesa do pc...é uma bagunça, mas no final consigo ler o que preciso. Quando tem alguém mais na casa, especialmente quando é uma pessoa nova como a minha prima, me sinto muito limitada. Estou estudando na sala, aí canso e quero ir pro pc, mas...opa, tem alguém lá, fico enrolando. É bem chatinho. Mas tadinhas, elas me aguentaram em sua casa por quase dois anos, não custou muito ficar com elas aqui por umas semaninhas. Foi até bem divertido, especialmente pelas conversas com a minha tia. Nunca disse, mas a minha tia é uma pessoa muito legal e engraçada.

E é isso, né? Post sobre o tédio é só para passar o tempo. Vou lá ver algum romance americano, comecei a baixar Elizabethtown do nada (muita coisa pode preencher o nada..sendo assim, tenham sempre o que fazer). Mais tarde tentarei estudar. E amanhã, supervisão mais que linda do estágio mais bonito do mundo. Depois irei à UERJ, conto depois o motivo.

Abs.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Sobre essa tal de inspiração

Eu costumava chegar aqui com a vontade de escrever sobre algo e o medo de ficar encarando o vazio da caixinha do Blogger. Destes dois companheiros dos meus três anos de blog, (felizmente) só o medo da caixinha foi embora. Infelizmente ainda resta um certo desconforto de ficar olhando para este nada e me questionando sobre o que quero expressar, mas não mais  ficar pensando "Será que vão odiar isto demais? Será que não é melhor ficar na minha?" já é alívio o suficiente por agora.

Carol está rastreando sua mente atrás de pensamentos. Tente outra vez em 5 minutos. Obrigada.

I just loooove Love Aaj Kal! <3
Ah, já sei. Hoje revi um dos meus filmes favoritos: Love Aaj Kal, de 2009. É um romance com o Saif Ali Khan e a Deepika Padukone, os quais carinhosamente decidi chamar de Saifu e Deepi. Eu só o havia assistido uma vez, em 2009, mas assim que acabou decidi que era favorito e ponto. Só que o tempo foi passando e notei que minhas lembranças sobre o filme eram pouco exatas e meus motivos para gostar dele pareciam bobos (roupas da Deepi, dança final do Saifu, presença da Neetu ji, trilha incrível). Na verdade, muitos dos filmes do meu primeiro ano de cinema indiano precisam ser revistos, já que na época eu estava encantada demais com tudo para realmente conseguir refletir sobre alguma coisa.

Voltando ao filme, assim que acabei de vê-lo fiquei com a sensação de que havia tantos pensamentos dentro de mim que eu poderia explodir se não os colocasse logo em algum lugar. Esta era uma situação difícil de lidar antes de ter meus blogs sobre cinema indiano, porque o tanto de informação na minha cabeça era demais para fazer apenas um ou outro comentário com alguém. Com a possibilidade de criar postagens inteiras, era só "jogar" na caixinha do Blogger e ser feliz. Há há, que gracinha de criatura ingênua. Vocês, que me leem (os que comentam ou não), também acham muito difícil escrever? O que mais me surpreende é que aqui era difícil escrever pela dificuldade de escolher um assunto, mas ao comentar um filme, tudo já não estaria pronto na minha mente? Eu já saberia do que gostei ou não, dos musicais que mereciam destaque, das comparações a fazer com outros filmes e interpretações dos mesmos atores...ainda assim, por que tão difícil?

Hoje em dia acho que criar é sempre difícil. Você tem que tirar algo "do nada"...opa, não acredito nessa história de "do nada". Acho que a pessoa já leu algo parecido, ou pelo menos um texto com o mesmo clima que ela gostaria de passar no seu. Voltando, a pessoa tem que criar do...do alguma-coisa-desconhecida algo que pareça legal para ela e interesse aos outros. Ô coisinha difícil. Mas me esforço (poucas vezes, mas me esforço!) para escrever o que dá. O que não dá é para deixar a vontade passar por falta de paciência e coragem para arriscar. Uma vez eu estava na minha (bem comum) "febre de postagens" e a Isa, minha companheira de blog, comentou que ela precisava de "inspiração". Pela descrição dela, a tal da inspiração era bem mais que vontade, me pareceu algo quase vindo dos céus. Entendi como sendo um raio. PÁ! Inspiração. Na hora em que ela disse aquilo, lembrei de um professor meu que acredita na construção da criatividade. Explicando melhor: ele acha que é uma questão de prática. Não sei se acredito que seja somente prática, mas acredito firmemente que o incômodo, o "não estar a fim" possa ser o primeiro passo para conseguir expressar algo mais profundo. Às vezes a gente precisa dar uma marretada na preguiça para ver o que ela está se esforçando tanto para esconder, gente. Certo, às vezes só tem ela. Mas...quase todas as vezes? Acho que não.

O que ela disse me afetou bastante porque eu também pensava assim, apenas até começar a fazer um esforço descomunal para escrever em alguns momentos nos quais eu estava com umas ideias na cabeça, porém não estava me sentindo "inspirada" para expressá-las. Comecei a produzir mais, notei a diferença até mesmo em provas da faculdade. A situação me lembra uma música do Pedro Luís & A Parede (segundo um comentário no Terra, a autoria é de Itamar Assumpção e Alzira Espíndola), Transpiração. O que entendo da letra é que a inspiração vem daquilo que nos cerca, tudo pode estimular nossa capacidade criativa. E para mim, é isto mesmo. Não digo que tudo o que sai é maravilhoso (não escrevi sobre Big Brother aqui?), mas é seu. Aceite que nem toda a sua produção parece uma obra-prima, mas essas tentativas também tem valor. Agora minha inspiração para escrever não vem mais de "búúúú, uma força de vontade inexplicável". Ela vem como a própria inspiração física mesmo...inspira em 1, 2, 3 e solta logo esse sopro cheio de vida, menina!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A day in the life

Hoje foi meu primeiro dia de aula no 6º período. Logo de manhã, uma cena engraçada: passei em frente ao meu prédio às 7 da manhã e havia um monte de alunos e professores do lado de fora. Achei que era greve e logo me preocupei, mas tinha de ir para o estágio (em outro prédio) e fiquei na curiosidade. A verdade é que o porteiro do IP (Instituto de Psicologia) só chegou às 8:20. Sério que ninguém mais tinha chave, gente?

O estágio foi legal como sempre. Gosto muito da minha supervisora, sinto por ela uma admiração enorme. Ela é inteligente, metódica, e se preocupa com o nosso aprendizado. É muito humana, também. Uma linda. As orientandas de pós, mestrado e doutorado dela também são incríveis. As outras estagiárias também...ou seja, amo aquele ambiente e tudo o que aprendo lá. Pena que havia ido dormir muito tarde na noite anterior e não estava com um alto nível de consciência durante a supervisão.

Almoço com as minhas companheiras de estágio, que são todas minhas amigas de turma. Contei à uma delas (que era apenas colega) sobre meus fetiches e a criatura ficou chocada, hahahha. As outras, que já sabiam de tudo, riam sem parar. Ela nos contou a história de seu namoro (muito meigo), discutimos sobre pais e ao vermos os calouros de Serviço Social pintados para ir ao trote, lembrei de quando passei pela mesma situação. Parece que foi há 10 segundos...2009, como fugiu de mim tão rapidamente?

Depois, primeira aula de Testes Projetivos. A professora é do Rio Grande do Sul e é fofa demais. Baixinha, branquinha, cabelos pretos curtos e óculos. Dá sorrisos tímidos e tem uma voz doce. Tão nova e já doutora! Parece ser muito competente, ouvi até boatos sobre uma outra turma meio vagabunda que não se deu bem com ela exatamente porque ela cobra mesmo (e o professor anterior era um fanfarrão, sei por experiência própria). Fico feliz por ter a chance de aprender com ela, e espero mudar um pouco a sua visão sobre o comprometimento dos estudantes da UFRJ.

Peguei meu ônibus às 16:30, e ouvi um episódio do FilmiTalkies no caminho. Depois tive que dormir. Ao acordar, eram 18:00 e eu ainda estava no trânsito (mas passando pela praia em momento nublado, foi lindo). Cheguei em casa às 19:00, perguntando-me se o trânsito seria assim durante todo o período. Fui ver a comunidade, mandei e-mail para a coordenadora do IP para resolver um problema nas minhas matérias, vi Rebelde, adiantei a legenda de Thank You e vim aqui contar isto.

Um dia na minha vida :)