sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Sobre essa tal de inspiração

Eu costumava chegar aqui com a vontade de escrever sobre algo e o medo de ficar encarando o vazio da caixinha do Blogger. Destes dois companheiros dos meus três anos de blog, (felizmente) só o medo da caixinha foi embora. Infelizmente ainda resta um certo desconforto de ficar olhando para este nada e me questionando sobre o que quero expressar, mas não mais  ficar pensando "Será que vão odiar isto demais? Será que não é melhor ficar na minha?" já é alívio o suficiente por agora.

Carol está rastreando sua mente atrás de pensamentos. Tente outra vez em 5 minutos. Obrigada.

I just loooove Love Aaj Kal! <3
Ah, já sei. Hoje revi um dos meus filmes favoritos: Love Aaj Kal, de 2009. É um romance com o Saif Ali Khan e a Deepika Padukone, os quais carinhosamente decidi chamar de Saifu e Deepi. Eu só o havia assistido uma vez, em 2009, mas assim que acabou decidi que era favorito e ponto. Só que o tempo foi passando e notei que minhas lembranças sobre o filme eram pouco exatas e meus motivos para gostar dele pareciam bobos (roupas da Deepi, dança final do Saifu, presença da Neetu ji, trilha incrível). Na verdade, muitos dos filmes do meu primeiro ano de cinema indiano precisam ser revistos, já que na época eu estava encantada demais com tudo para realmente conseguir refletir sobre alguma coisa.

Voltando ao filme, assim que acabei de vê-lo fiquei com a sensação de que havia tantos pensamentos dentro de mim que eu poderia explodir se não os colocasse logo em algum lugar. Esta era uma situação difícil de lidar antes de ter meus blogs sobre cinema indiano, porque o tanto de informação na minha cabeça era demais para fazer apenas um ou outro comentário com alguém. Com a possibilidade de criar postagens inteiras, era só "jogar" na caixinha do Blogger e ser feliz. Há há, que gracinha de criatura ingênua. Vocês, que me leem (os que comentam ou não), também acham muito difícil escrever? O que mais me surpreende é que aqui era difícil escrever pela dificuldade de escolher um assunto, mas ao comentar um filme, tudo já não estaria pronto na minha mente? Eu já saberia do que gostei ou não, dos musicais que mereciam destaque, das comparações a fazer com outros filmes e interpretações dos mesmos atores...ainda assim, por que tão difícil?

Hoje em dia acho que criar é sempre difícil. Você tem que tirar algo "do nada"...opa, não acredito nessa história de "do nada". Acho que a pessoa já leu algo parecido, ou pelo menos um texto com o mesmo clima que ela gostaria de passar no seu. Voltando, a pessoa tem que criar do...do alguma-coisa-desconhecida algo que pareça legal para ela e interesse aos outros. Ô coisinha difícil. Mas me esforço (poucas vezes, mas me esforço!) para escrever o que dá. O que não dá é para deixar a vontade passar por falta de paciência e coragem para arriscar. Uma vez eu estava na minha (bem comum) "febre de postagens" e a Isa, minha companheira de blog, comentou que ela precisava de "inspiração". Pela descrição dela, a tal da inspiração era bem mais que vontade, me pareceu algo quase vindo dos céus. Entendi como sendo um raio. PÁ! Inspiração. Na hora em que ela disse aquilo, lembrei de um professor meu que acredita na construção da criatividade. Explicando melhor: ele acha que é uma questão de prática. Não sei se acredito que seja somente prática, mas acredito firmemente que o incômodo, o "não estar a fim" possa ser o primeiro passo para conseguir expressar algo mais profundo. Às vezes a gente precisa dar uma marretada na preguiça para ver o que ela está se esforçando tanto para esconder, gente. Certo, às vezes só tem ela. Mas...quase todas as vezes? Acho que não.

O que ela disse me afetou bastante porque eu também pensava assim, apenas até começar a fazer um esforço descomunal para escrever em alguns momentos nos quais eu estava com umas ideias na cabeça, porém não estava me sentindo "inspirada" para expressá-las. Comecei a produzir mais, notei a diferença até mesmo em provas da faculdade. A situação me lembra uma música do Pedro Luís & A Parede (segundo um comentário no Terra, a autoria é de Itamar Assumpção e Alzira Espíndola), Transpiração. O que entendo da letra é que a inspiração vem daquilo que nos cerca, tudo pode estimular nossa capacidade criativa. E para mim, é isto mesmo. Não digo que tudo o que sai é maravilhoso (não escrevi sobre Big Brother aqui?), mas é seu. Aceite que nem toda a sua produção parece uma obra-prima, mas essas tentativas também tem valor. Agora minha inspiração para escrever não vem mais de "búúúú, uma força de vontade inexplicável". Ela vem como a própria inspiração física mesmo...inspira em 1, 2, 3 e solta logo esse sopro cheio de vida, menina!

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